Creio que o deus papão chamado déficit já foi suficientemente desmascarado para se entender que o
déficit é a garantia de trabalho das gerações futuras.
Alicerçar uma politica económica em concepções éticas pré medievais conduzidas por uma cripto soviética anafada e que padece de miopia centro-europeia, só nos vai colocar a níveis económicos anteriores ao renascimento, próprios de uma economia de subsistência.
Tal não é compatível com a actual estrutura económica globalizada.
O empobrecimento é garantido quanto se retira ao estado o papel motor da economia, inibindo-lhe as políticas de fomento e circulação monetária assentes na emissão de déficit e cobrança de impostos.
Quebrando o ciclo monetário pela transformação do estado numa imensa máquina de cobrar juros para os agiotas internacionais anónimos, o fluxo monetário perde circulação e estiola, pois é absorvido inexoravelmente pelos buracos negros dos fundos financeiros globais.
A ética vigente é sempre uma ética da classe dominante.
E este neo liberalismo sem classe, está-se a perverter para um neo esclavagismo por via do esvaziamento da classe média e da concomitante emergência de super ricos, intocáveis e impunes, num vasto oceano de magros assalariados cujo horizonte é a subsistência estéril, sem capacidade económica para constituir família.
Tristes latitudes…
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