Bons Ares

Andámos pelo Bairro Alto à procura de restaurante e fomos dar ao Sinal Verde.

Sinal Verde, sinal aberto, entrámos. A empregada era brasileira, era boa, tinha umas covinhas sobre os ilíacos e isso chegou a ser tema de conversa. Comeu-se bem. E bebeu-se melhor. Rematámos com um Bons Ares, tinto, Trás-Os-Montes, 2003, da casa Ramos Pinto. A garrafa aberta cheirou-me a azeitona fresca, saboreado tinha um travo ligeiramente acre característico dos vinhos do Douro.

Seguimos a Marinha, que desceu a rua enquanto apanhámos o táxi, para cima, para o grande show lésbico no S. Jorge. A Corrine Putain lá estava à nossa espera. Pediu-me para tirar umas fotos ao espectáculo, mas o segurança veio-me chatear a meio do acto.

Depois de dançar ao som da Cicciolina, que as minhas parcas referências me fizeram lembrar os B’52 cantados em russo (os Tupolev ’51), de uns laivos dos King Crimson do tempo do Bill Bruford, de ter sido pisado por ex-alunas que me vieram pedir desculpa com uns beijinhos, acabei por comprar o disco do grande show lésbico, que no palco apresenta 4 lésbicas de chicote + 1 cicciolina.

Por fim passámos no Frágil para fazer uma mijinha e assim acabou uma grande noite de cegada.


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Comentários

4 comentários a “Bons Ares”

  1. Avatar de pp
    pp

    Ó Alex, se eu soubesse que tu sabias tanto de vinhos tinha-te levado a casa do primo da minha mulher, em Trás-os-Montes. Ele é produtor de vinho e, de certeza que a vossa conversa seria, como hei-de dizer, embriagante.
    O vinho que ele faz (do Douro, mas nem me perguntes as castas) é uma “pomada” de todo o tamanho.
    A minha diz que nunca me vê beber binho como bebo por lá.

    Vou ver se te “desenrrasco” uma garrafita.

  2. Avatar de pp
    pp

    Como tu sabes, os meus conhecimentos resumem-se a abrir a garrafa, cheirar a tampa, colocar um pouco no copo, cheirar o líquido, sorver um pouco de olhos fechados, deixa-lo na boca por algum tempo para estimular as papilas gustativas, cuspi-lo fora e exclamar com ar de conhecedor:

    -“Sagres, Bohemia, colheita de 2007!”

  3. Avatar de alex
    alex

    Eu não percebo nada de vinhos.
    Eu BEBO vinhos!
    É totalmente diferente.
    Mas a “garrafita” é muito bem vinda.

  4. Avatar de alex
    alex

    Eu vi uma cena parecida com essa no filme: “El Mariachi“.

    O Mariachi entrou num bar, perguntou se precisavam dum Mariachi para animar as noites e pediu uma cerveja.
    O barman, preparou o copo de cerveja por trás do balcão.

    O Mariachi fez uma prova como a descrita pelo PP e exclamou:
    – “Isto sabe a mijo”.
    E o barman disse:
    – “É mijo”.

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