Às tantas o funcionário olhou para o computador e disse-me:
– Tem aqui um processo de execução fiscal.
Preocupado, porque aquelas coisas são chatas, um processo de execução fiscal dá penhoras de salários e outros mimos diversos, perguntei:
– Processo de execução fiscal? Qual a origem disso?
O funcionário olhou melhor para o computador, talvez para procurar mais informação, talvez para confirmar o que já tinha visto. Passado um bocado respondeu:
– São 48 cêntimos.
– 48 cêntimos, como?
– São 48 cêntimos. A dívida é de 48 cêntimos. Gastamos mais de toner a imprimir o papel que os 48 cêntimos. Mas é assim, é o que está no sistema.
– Então posso pagar voluntariamente agora, não é?
– Pode pagar no multibanco, se quiser.
– No multibanco? E o multibanco aceita pagamentos desse valor? Não sei. Acho melhor pagar já.
O funcionário lá imprimiu mais uma folhinha e lá fui pagar aquilo na tesouraria.
Quando fui atendido na tesouraria, a mesma pergunta: 48 cêntimos?
P.S.: Os funcionários foram simpáticos e educados.
Convém que se diga estas coisas porque é verdade.
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