“ohh meus amigos”, como diria o nosso querido diácono Remédios, “Não havia nexexidade”. Então não é que os nossos rapazes da ASAE (asia do costume) agora dizem que as máquinas que dão brindes ou chocolates em troca de uma moeda constituem jogos de azar… e como tal vão acabar com a brincadeira…
A justificação de que “não é possível ao cliente perceber qual o chocolate a que tem direito antes de introduzir a moeda de 50 cêntimos na máquina” é ….. inacreditável, como este blóguio. É como casar e saber “para todo o sempre o que vai acontecer”. Assim, sem “improbabilidades” ou “coincidências”. É “funcionalismo público” no seu melhor -tudo previsto, imparcial e assético (segundo o novo acordo ortográfico 😉
Nós que na nossa infância adorávamos este tipo de “jogatinas” para saber que cromo é que nos ia calhar, ou que chocolate é que ia cair nessas máquinas, ou…. sei lá. Não sei se ainda há cromos, mas se houver… quero comprar a caderneta completa… não quero que me saia sempre o mesmo cromo repetido.
A sério, quando estes “senhores” fizerem a “limpeza” que andam a fazer na nossa sociedade… o que restará dela?… sem máquinas de brindes, azeitonas curtidas em águas não desinfectadas com lixívia, cafés, vinhos e cervejas servidos em copos de plástico, pasteis de bacalhau embrulhados em celofane (e sem saber a bacalhau, porque o bacalhau seco ao ar tem bactérias), e outras particularidades da nossa tradição gastronómica ou social… seremos asséticos, mas infelizes.
por mim, ainda continuo a usar a colher de pau em casa e a preferir o café em chávena de porcelana (vá lá… pode ser em vidro) mesmo esbutinada no café da esquina. A semana passada, estive num país do magrebe e entrei numa série de lojas onde, como é tradição, me ofertaram chá verde com menta a toda a hora. E eu bebi!, e não foi só por cortesia, porque gosto de chá. O que é certo é que os copos eram lavados não em água corrente e, muito menos, com detergente, de cliente para cliente num balde…. e nem uma caganeirazinha me deu.
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