Vinhos de Natal – 2

O D. Joana não era nada de especial. Tinha um toque quase igual ao dos vinhos correntes alentejanos, como o Borba 2006 que bebi antes de ontem e no dia anterior. Estava um pouco acima destes, com os seus taninos triangulares com buraco ao meio!

O Ferrugento é uma história completamente diferente: taninos hexagonais enferrujados pelo tempo (é um vinho de 1999), com a superfície manchada, encorpado nas beiças e suave na goela, a fazer lembrar os riachos alaranjados que escorrem das minas de pirites alentejanas. Uma bela pomada digna de uns sapatos italianos.


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Comentários

3 comentários a “Vinhos de Natal – 2”

  1. Avatar de toxinox
    toxinox

    Ganda tosga!!

  2. Avatar de al
    al

    tens que me contar essa coisa da triangulação e hexagonação dos taninos…
    na realidade as moléculas (muito complexas) dos taninos têm por base hexágonos (distorcidos) mas nunca no meio viti-vinícula-beberícula tinha “ouvido” alguém falar de taninos hexagonais ou triangulares…
    muito menos enferrujados, hahaha

    bons copos.

  3. Avatar de alex

    A ideia da geometria aplicada aos taninos veio do facto de, para mim, muitas das características usadas na descrição de um vinho não fazerem sentido. Se há os taninos redondos, também deve haver os bicudos.

    O tanino triangular com buraco ao meio, foi colocado com intenção erótica. Depois, comecei a pensar noutras formas – pentágono, hexágono – e lembrei-me das moléculas de benzeno, hexagonais com buraco ao meio (circunferência que representa os electrões partilhados pelos átomos de carbono).

    Mas como diz o toxinox… a tosga já ia alta!

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