Ontem foi o aniversário da filha do outro “Mano Rei”. A miúda fez 2 anos, mas ainda não bebe cerveja.
Foto by myself
Aliás, não havia cerveja Vieira. Deus não pode inteligenciar todos os macacos que pululam pela face da Terra: alguns têm que se manter macacos a vida toda. Anyway, aparentemente, os gajos estão no caminho certo: compraram uma grade de “Desperados”: uma cerveja mexicana com Tequilla.
Coloquei-me estrategicamente por perto da mala térmica, acendi um charuto e fiquei de olho no tesouro. Não comecei logo a beber, porque ainda tinha a pança cheia do almoço. Mas as cervejas estavam a sair a um ritmo superior à frame-rate da minha visão, que naquele momento já era apenas de 6 fps.
Decidi, então, colocar a minha filha de alerta. Ela sabia o que era uma cerveja e sabia o que era roubar cervejas. Por isso, não foi difícil explicar-lhe o que devia fazer: avisar-me quando as cervejas estivessem a chegar ao fim.
Acordei do meu torpor, com a minha filha aos berros a gritar: “A joLa é minha, a joLa é minha”, agarrada com as duas mãos à última cerveja, que ia a ser retirada da arca do tesouro por um dos beberrões. O gajo puxou a cerveja, mas ela foi atrás e ficou pendurada no ar.
“A joLa é minha, a joLa é minha”. E começou aos pontapés. O gajo não queria dar nas vistas e largou a cerveja.
“Ah! Miúda! Isso é que é ter objectivos!” pensei eu. Vamos lá então beber a cerveja, que aparentemente é a última. Cheguei perto dela e pedi-lhe a cerveja. Mas ela pôs-se aos berros:
– “A joLa é minha, a joLa é minha”.
Foda-se.
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