Vinhos do Xerife


Antes que venha o Xerife de Nottingham cobrar o dízimo, o GeV (grupo dos enófilos vivos) decidiu vazar todas as garrafas da adega…

Lobo Mau, Palmela tinto 2008 Reserva, 14% de álcool, Castelão e Touriga Nacional. Um vinho um pouco enxofrado após aberto, mas depois de arejado é um vinho leve, um pouco encorpado, mais áspero que doce.

Ameias, Palmela branco 2011, 12,5% de álcool, Moscatel e Fernão Pires. Um branco frutado, doce e azedo: o sabor típico das castas utilizadas.

Ameias, Palmela tinto 2009, 14% de álcool, Aragonês. Um verdadeiro aragonês, leve e áspero a lembrar os aragonês de há uns anos atrás do Esporão. Uma bela pomada. Pena é ter tanto álcool.

Ameias, Palmela tinto 2009, 14,5% de álcool, Syrah. Mais doce e encorpado que o anterior, com um sabor mais saturado a chocolate como é usual nos syrahs.

Vale dos Barris, Palmela tinto 2009, 13,5% de álcool, Castelão. Um vinho da Adega de Palmela, com o sabor frutado típico do castelão, mas não em demasia.

Adega de Palmela, Palmela tinto 2009 Reserva, 14% de álcool, Castelão, Syrah, Aragonês e Cabernet Sauvignon, 8 meses em barricas de carvalho. A mistura de castas foi bem feita e criou um vinho complexo, mediamente encorpado, e com um sabor seco.

Rio Frio, Palmela tinto 2004, 13,5% de álcool, Castelão. O que o tempo pode fazer aos vinhos… Um pomadão dos antigos. Os vinhos de Palmela, da casta Castelão, precisam de envelhecer em garrafa para ganharem qualidade e sabor. São disso exemplo os Serra Mãe 1997, 2002 e 2005 já aqui várias vezes elogiados, e agora este fantástico Rio Frio, com mais corpo que o Serra Mãe e também mais equilibrado e complexo, mas com a mesma combinação excelente entre o áspero e o envelhecido.

Quinta da Lagoalva, Tejo tinto 2009 Reserva, 13,5% de álcool, Alfrocheiro, Touriga Nacional e Syrah, 10 meses em carvalho francês. Um vinho meio encorpado, fresco, não arranha a garganta, um bom equilíbrio entre o amargo, o acre e o doce. Em resumo: uma pomada.

Quinta da Lagoalva, Tejo tinto 2010, 13,5% de álcool, Castelão (50%), Touriga Nacional (50%). Mais frutado e doce que o anterior, mas ainda assim um vinho corrente razoável.

Guadalupe, Alentejo tinto 2008, 14% de álcool, Trincadeira, Aragonês, Syrah e Alfrocheiro. Estagiou em carvalho francês e americano. Um vinho meio encorpado, mais seco que frutado, com um bom equilíbrio de sabores.

Ramos Pinto Collection, Douro tinto 2006, 14% de álcool. Um vinho encorpado, uma mistura de sabores e sabedoria.

José Maria da Fonseca e sucessores, Palmela tinto 1999 garrafeira TE (Tinto Especial), 12,5% de álcool, Castelão e Cabernet Sauvignon (75% da primeira e 25% da segunda). Estagiou durante 11 meses em barricas novas de carvalho. Um vinho com um toque de velho, mas que manteve o sabor a uvas enquanto o sorvíamos avidamente, com receio que envelhecesse tanto que se evaporasse e fosse parar ao Céu! Uma relíquia.


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