Hoje o jantar merecia uns copos. Como deixámos acabar a cerveja Vieira, abrimos uma garrafa de Esporão Private Selection 2001 tinto.
Bebi uns belos 3 copos, e a minha mulher acompanhou-me. No fim, ela deixou um bocado no fundo do copo, que é coisa que eu nunca consegui fazer. Até mesmo no filme mais comprido e o maior épico do cinema que já vi, apesar de já não aguentar o rabo na cadeira, mantive-me sentado, pois o prazer das imagens sobrepunha-se ao desconforto da postura. Nunca deixo uma mesa com copos a meio.
Fui, então, sorver as últimas gotas para a cozinha enquanto preparava um cafézinho de 1/2 litro para conseguir dormir em sossego, na paz do Senhor.
Nisto ouvi o meu filho mais velho gritar: “Isso não se faz, não se pode beber vinho!”
Era a coitada da pequenina (que ainda não tem 3 aninhos), à falta de cerveja fez como nós: agarrou-se ao vinho.
Quando cheguei à sala, já ela tinha bebido o vinho todo, e tinha metade da cara enfiada dentro do copo para conseguir chegar com a língua ao fundo. As papilas gustativas brilhavam, radiantes, com uma bela cor rosada de saúde.
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