Ainda a respeito dos livros de estudo situarem a altura da Serra da Estrela a cota diferente daquela a que “nós” (os “cotas”) estávamos habituados.
A teoria do movimento tectónico das placas prevê que esses movimentos telúricos são inversamente proporcionais ao movimento de rectroescavadoras e bulldozers que são necessários para demolir periodicamente um metro ao edifício da torre na Serrra da Estrela. Viva a engenharia…
Fora de brincadeiras, que isto é um chornal sério, há muito folclore à volta destes pseudo dados e marcos historico-geográficos pelo mundo inteiro (quase tantas como as lendas urbanas).
Mas o marco geodésico que assinala o ponto mais elevado da Serra da Estrela, conhecido por, e adiante designado por, “Torre” e erigido sob ordem de D. João VI (esse nosso “soberano” fantástico, que cada vez mais me espanta -agora descobri que recompensava os amantes da mulher com a comenda de Torre-e-Espada… isto há coisas fantásticas, não há?) foi erroneamente avaliado como estando à cota de 1991m (dados os meios que os “Srs Enginheiros” da época usaram para a triangulação da medida).
No entanto, e de acordo com as rectificações introduzidas por medições realizadas pelo Instituto Geográfico do Exército, já surgidas em folha à escala 1:25.000 que editou em 1993 (folha de Seia) a real cota da serra da Estrela, no seu cume, é de 1993 m.
Já agora, querem “marcos” do país… vão ao centro geodésico deste rectângulo à beira mar plantado – Vila de Rei. Aí o marco, de nome Picoto, no cimo da Serra da Melriça, é de 20 m.
Portanto, não há “erros” nos livros da 4ª classe… (ou 4º ano, como soe dizer-se em calão recente). Isto é, se chafurdarmos bem, encontramos pérolas originadas nos ilustríssimos Srs. Autores dos livros que escrevem a história e da geografia deste país. Há uns tempos até vi um livro (que infelizmente não recordo qual), desses pelos quais estudam os nosso alunos, que algures a páginas “tantas” afirmavam que a Serra da Estrela é o ponto mais alto de Portugal. Assim, a seco!!! Sinal que já passámos da autonomia à independência das ilhas (talvez incluindo as Berlengas).
Vivam também os Srs Autores desta categoria.
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