Com novo código penal, os trinunais já não são o que eram. Qualquer dia, até já se podem dizer bojardas como C*NA e C*R*LHO em plena alegação final.
Se bem me lembro, numa das vezes em que lá fui, tive de explicar a teoria da complexidade ao meretíssimo inculto que o presidia.
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– Sr. Doutor Juiz, isto não é um caso de violência doméstica, isto é um caso de terapia sistémica!
– Não falte ao respeito ao tribunal com essas indecências, senão vou ter de tomar medidas.
– Não é nada disso. Eu peço permissão para explicar.
– Então diga lá de sua justiça. Mas com respeito, senão já sabe.
– Muito bem. Então vou começar. Como se sabe existem três tipos de sistemas: Os simples, os meio- complicados e os complicados, também conhecidos por complexos ou mesmo por super-complexos. Ora quando um sistema simples avaria, chega-se lá e conserta-se. Se for meio complicado, tem que se trabalhar mais, estudar, usar ferramenta, mudar peças, mas o final é o mesmo. Agora quando é complexo, é outra história. As abordagens anteriores são insuficientes. Têm que se usar as capacidades do próprio sistema para o arranjar. A melhor forma conhecida da humanidade é esta: Olha-se bem para o sistema, para escolher bem o local. E arreia-se-lhe um bom pontapé ou um par de estalos. E depois, das duas uma: OU o sistema vai ao sitio, ou não há nada a fazer.
Ora uma mulher não é uma coisa simples, nem meio complicada. Com todo o respeito, é um ser bastante complexo. E além disso, não se trata uma mulher ao pontapé. Foi por isso que ela apanhou com os estalos, como é óbvio.
Foi para o bem dela.
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