A ciência do negócio anda pelas ruas da amargura. Os economistas não conseguem acertar uma previsão. E como será que anda o negócio da ciência?
Porque é importante uma publicação internacional de cîência e investigação escrita noutra língua que não o inglês? Neste caso estamos a advogar o uso do português como veículo expressivo internacional, em concorrência salutar quer com a moda dominante do inglês, quer com outras línguas como o francês, o castelhano ou o alemão.
Newton escreveu em latim. A língua da cultura da europa das luzes era o latim. O poder expressivo do imutável latim clássico cedeu perante a riqueza léxica das línguas nacionais, vivas e adaptáveis aos novos tempos.
O recurso às línguas nacionais foi determinante para o acelerar na obtenção de resultados da investigação. É sabido que aprender o necessário para investigar qualquer área demora tempo, ao qual é necessário somar o tempo requerido para o adequado domínio da escrita em inglês. É muito mais rápido aprender a ler em inglês, do que a escrever em inglês.
Claro que as publicações na língua materna são de génese mais fácil do que aquelas noutra língua.
Esta é uma razão, a razão da facilitação da obtenção de resultados de qualidade.
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Mas não é a única razão. Existe outra, porventura mais subtil, que medra nos impiedoso interstícios comunicantes entre a propriedde intelectual e a divulgação científica. Falo do negócio da ciência, em que os artigos publicados ficam reféns de piratas editoriais que navegam os mares da investigação em busca de jóias de informação para os seus cofres defendidos por arrogantes advogados armados de copyrights.
É praticamente impossível ter acesso a artigos recentes de investigação sem pagar a esses filibusteiros da informação, que nada entregam, nem aos esforçados autores, nem às respectivas instituições.
É preciso uma publicação independente que defenda a alternativa linguística e quebre as correntes esclavagistas do copyrighth da ciência.
União Europeia, onde andas?
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