Eléctrico

Cara Emília

depois de vir de férias e de entregar as minhas filhas aos cuidados (extremosos…) de sua mãe (delas), lá arranjei um tempinho e inspiração para lhe escrever esta pequena missiva.

É como muito agrado que vejo avançar as obras do Metro de Almada.

Há quem lhe chame o Solitário por andar sempre vazio mas deixe lá, é a dor de cotovelo por o metro não passar à porta deles.

Há ainda quem diga que é um tanto ruidoso, o que também não posso afiançar pois o resultado desta obra de vulto não passa à minha porta.

Há também quem diga que a mobilidade no centro e na avenida (ou avenidas) de Almada diminuiu. Não acredite! É óbvio que a mobilidade aumenta uma vez que quem pode evita ir para esses locais. Aliás, basta pegar no meu exemplo: quando quero ir do Pragal para Cacilhas dou a volta pela Margueira para não afectar a mobilidade de quem está no centro de Almada.

Quero ainda salientar que o facto de o INEM para socorrer alguém que more no lado descendente da Avenida 25 de Abril ter que subir e descer a avenida não passa de uma má desculpa. Todos sabemos que o INEM necessita de rodar as viaturas que utiliza e fazer constantemente exercícios de condução extrema para manter a performance dos condutores. Pelo que a crítica não tem qualquer sentido.

Espero no entanto é que não coloquem aquelas horrorosas armações em ferro vermelho e branco junto aos prédios no sentido ascendente daquela avenida (sim, aqueles utilizados para evitar que alguma criança, ou adulto, que saia a correr de casa se veja subitamente no meio do transito). São inestéticos e vão, obviamente, desvirtuar a beleza da obra.

Devo ainda salientar que a forma como foram implementadas aquelas reentrâncias nos locais onde existem passadeiras. Em primeiro lugar são originais (até porque devem ter sido idealizadas por um arquitecto, correcto?), em segundo lugar potenciam a ocorrência de acidentes o que tem como vantagem adicional a dinamização do comercio local e treino ao pessoal do INEM. Não aceite que se critique o facto de a avenida passar a ser uma ruela. É esse o destino de todas as ruas circuláveis da cidade. De Cacilhas ao Centro Sul e mais além.

Vergo-me, portanto a mais um produto do pogresso. Aliás o resultado disso vê-se noutras cidades, tais com aqui em Budapeste:

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Só que, já viu?! Megalomania! Duas faixas para cada lado? Um disparate!

Com os melhores cumprimentos

nick


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