O meu objectivo confesso na vida é ser um inútil. Inútil, mas não parasita. Porque há uma grande diferença. Um inútil faz coisas que não servem para nada. Um inútil está a fazer qq coisa e passa alguém e pergunta: “Mas para que é que isso serve?” E a resposta é “Para nada”.
Ah, a liberdade de fazer coisas inúteis é a verdeira liberdade. O condicionamento da utilidade devia ser proibido. A inutilidade é triunfante enquanto antítese do proletariado urbano. Para que serve viver? Para que serve um filho?
Para que serve um bebé? Para que serve ter dinheiro no bolso? Para que serve uma obra de arte? Para que serve o céu azul?
A natureza professa a inutilidade ominipresente. Tanto, e por todo o lado, tudo inútil. A natureza deve ser domesticada, assim professa o credo utilitário esclavagista.
VIVA A INUTILIDADE!
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