fluorzinho

Décadas depois, o flúor começa a sua trajectória descendente. Acaba de se reduzir a quantidade de flúor nas pastas de dentes para crianças, estabelecendo-se um limite legal para essa quantidade. Uma trajectória a juntar a muitas outras, como a da amálgama, uma mistura do venenoso mercúrio com o venenoso chumbo colocada pelos dentistas nos dentes das crianças. Graças à ciência e ao mercado o cérebro das crianças pôde usufruir largamente dos venefícios do flúor, do mercúrio e do chumbo. Obrigado ciência, obrigado mercado. O chornal há muito que tinha avisado sobre o flúor.

Está em causa uma fé na ciência e na tecnologia. Veja-se a fé do sr. engenheiro. Como sabemos, as grandes feses são típicas dos recém-chegados, dos que pouco sabem e dos que não têm fé nenhuma e se limitam a vender uma fé.

Durante anos, os cientistas mercadológicos impingiram a necessidade de flúor, como outras necessidades. Durante anos o medo da cárie alimentou a fé no flúor. Floresceram as pastas de dentes com flúor, enquanto os papás mais extrumosos deram comprimidos de flúor às crianças e se arvorava como solução final a fluoretização da água canalizada. Vozes, como a do chornal, que exprimisssem desconfiança em relação ao flúor, eram objecto de desdém por irresponsabilidade ou falta de cientificidade.

Como é sabido, os patetas gostam muito de ciência. De ciência e de tecnologia. É por isso que temos um salto tecnológico. E um ministério da economia que é também da inovação. E um ministério da educação e do ensino superior que é também da tecnologia. Como se a inovação fosse a única aposta possível para a economia. Como se a tecnologia tivesse que ser o eixo central da educação e do ensino superior. Na verdade, educação, ciência e tecnologia são feses como as outras, não constituem excepção. Há sempre uma obrigatoriedade associada às feses. O fim do mundo está sempre próximo daqueles que não seguirem a fé e as recomendações dos seus porta-vozes.

P.S: Os chornalistas do inacreditável exibem orgulhosamente os buracos nos seus dentes, sinal da sua inteligência.