A Inglaterra arrisca o triplo do seu orçamento de estado anual só para manter o Royal Bank of Scotland. A Irlanda arrisca 12 vezes o seu orçamento de estado anual para manter os seus principais bancos. A Islândia já não tem riscos, só tem certezas. Em Portugal não existe risco em segurar os bancos, nem na cabeça do governo, nem na da oposição, nem na do povo. O fenómeno não se deve à inexistência de risco, mas à inexistência de cabeça.
Há poucos dias vi o cherne a falar em frente a um cartaz que dizia “euro, a nossa moeda”. Pela primeira vez, desde que foi criado, precisam fazer campanha pelo euro. Ontem o Trichet veio dizer que a moeda única europeia não estava em causa. Se veio dizer que não está, é porque está. Se os portugueses não tiverem juízo lá vão corridos do euro. Lá se vai o abrigo que os protege.
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