Já tenho o cartão nazi. O cartão com os números todos e com toda a informação sobre mim desde que nasci até morrer. Tem inclusive a hora da minha morte, mas está no chip e só pode ser lida pelo médico legista para efeitos estatísticos!
Voltei a colocar as mãos no digitalizador, extraíram-me fluidos do cérebro e medula óssea – controlo de qualidade, disseram – puseram-me uns auscultadores para testar a minha audição com os sons mais inaudíveis e inimagináveis, desde os uivos de morcego (300MHz) ao An Index of Metals, dos Comme Restus aos Moonspell.
Saí de lá tão abananado que bati com a cabeça de frente no primeiro poste. O polícia pediu-me os documentos e confiscou-me o cartão, porque na foto o meu nariz não estava tão inchado nem vermelho. Obrigou-me a pedir novo cartão. Fosga-se!
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