Vinhos de Natal IIa – Os Vampiros

No fundo da garrafa de Barca-Velha de 1,5l, sobrou o suficiente para encher três copos. O ideal para juntar os três estarolas em volta da garrafa: eu, o nick e o tullius. Demoraram tanto tempo, que só chegaram 18 horas depois da garrafa ter sido aberta. O Barca-Velha – sacrilégio – tinha-se transformado completamente: parecia um vampiro… Daqueles vampiros dos filmes de terror, que passam o tempo a beber sangue novo para se manterem jovens e quando o sangue acaba envelhecem abruptamente, secam e ficam apenas um esqueleto. Assim foi com o Ferrerinha de 1995: em pouco mais de um dia oxidou de tal forma que parecia um vinho velho pouco cuidado, fazia até lembrar um daqueles vinhos velhos que bebemos no início do ano a acompanhar sável na Vialonga.

Até mesmo o Murganheira de 1994, aberto apenas 8 horas antes, tinha decaído de tal forma que fazia companhia ao Barca-Velha no envelhecimento acelerado. Tivémos que abrir outro Murganheira, au moment, para lavar a boca.


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Comentários

2 comentários a “Vinhos de Natal IIa – Os Vampiros”

  1. Avatar de carnide
    carnide

    Mas isto é uma história de terror…

    Quem diria.
    Nada como os vinhos honestos.

  2. Avatar de alex

    Pois é. Isto é a apologia da bebedeira: assim que se abre a garrafa, a rolha vai logo borda fora – como nos navios – para não haver a tentação de fechar a garrafa e depois beber vinho de vampiro.

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