Continuam os escândalos dos bancos. Toda a gente se encheu. Milhões de contos desapareceram transferidos para o estrangeiro. Milhões de contos foram entregues a familiares. Não há memória de um enriquecimento assim. O contribuinte vai pagar tudo, pois claro. Mas nem uma só das fortunas existentes naqueles bancos foi beliscada. Todos os notáveis puseram o dinheiro a salvo.
Virão os inquéritos, virão os processos judiciais. Tudo ficará em águas de bacalhau. A nossa (?) justiça não tem competência para julgar coisas destas. A vontade de afrontar poderosos provavelmente também não é muita. Só mesmo por obrigação. De qualquer forma, os procedimentos da investigação e dos tribunais são uma boa garantia de que processos destes não chegam ao fim antes de prescreverem. Ou de os arguidos morrerem de velhos e de fastio. Esta é uma justiça que, mesmo querendo, não nos leva a lado nenhum.
É importante reformar a justiça. São necessários instrumentos rápidos que promovam a justiça. A justiça burocrática não serve, tem a burocracia como um fim em si mesmo. Serve a forma e não o conteúdo. Também não serve uma justiça popular e desordeira. Punam-se pois os responsáveis pela crise financeira com penas rápidas, sensatas e, ao mesmo tempo, proporcionais. Utilize-se o compostor. O compostor é o instrumento ideal para castigar e para dirimir conflitos. Cá em casa, já se diz: “Vai já para o compostor!” “Dez minutos para o compostor!!”. É de penas dessas que a nossa justiça precisa, imersões de merda. Curtas, mas exemplares. Só o suficiente para lhes tirar a mania e para a gente se rir um bocado. Não parecem grandes penas, mas são mais do que aquilo que vão ter.
cena do compostor dos 2m:20 aos 3m:00
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