Vinhos e caça

Cacei uns vinhos na prateleira do hipermercado. Não correu mal.

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AR, Alentejo tinto 2009, 14% de álcool, Touriga Nacional, estágio de 12 meses em carvalho francês. Um sabor com impacto logo à entrada. Um vinho meio encorpado com um sabor metálico – de chapa curvada – ao cruzar a língua e o palato, e que perdura depois de ter ido goela abaixo. Traduzindo em enologuês, um vinho com sabor a fruta madura não muito exuberante, roxa ou lilás, e que faz uma excelente ponte entre a doçura e a acidez: eis a chapa curvada!

Mor, Douro tinto 2010 Reserva, 13,5% de álcool, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Barroca. Um belo vinho, bastante mais doce e encorpado que o anterior. Mais pesado e menos subtil.

Cheda, Douro tinto 2011 Reserva, 14,5% de álcool, Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca, com estágio 50% em barricas novas de carvalho francês e 50% em inox. Demasiado alcoólico para se notar a subtileza da acidez dos vinhos do Douro. É um vinho forte e doce, não tanto como o anterior, mas o álcool retira-lhe frescura. O Cheda não reserva é bastante melhor, muito mais honesto, e custa metade do preço.

Herdade das Mouras, Alentejo tinto 2011 Reserva, 14% de álcool, Aragonez, Alicante Bouschet, Trincadeira. Um vinho fluido, doce, quase leitoso. Sobressai uma acidez q.b. para tornar o vinho mais fresco e roubar na doçura excessiva – quase enjoativa – que é apanágio de muito vinhos alentejanos.

Mas enfim, são gostos.


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