Caril de camarão

Do pé para a mão, lembrei-me de um caril de camarão. Vai daí lancei o repto, convidei um grupo de malucos e apareceram quase todos.

O caril

Aqui há uns meses atrás, fui com o Tao a um restaurante indiano, já fora de horas, e pedi o prato mais picante que tinham. Peço sempre o prato mais picante e raramente fico satisfeito. Só houve uma vez que não consegui comer o prato até ao fim. E, mesmo dessa vez, só não acabei porque tive receio de me extinguir. Mas, continuando. Ficámos, depois, a falar de culinária e disse-nos o dono: “assim que chego ao restaurante, faço logo o picante: alho, cebola, gengibre, pimenta e malagueta, em partes iguais; moo tudo e isso é o ponto de partida das minhas receitas”. Decidi experimentar. Há umas semanas atrás, pus mãos à obra e usei essa mistura durante uns dias para acompanhar a comida. Simplesmente explosivo!

Ontem voltei a misturar os 5 ingredientes mágicos enquanto assava um peixe espada, mas ficou tudo no copo misturador durante a tarde. Eram já seis da tarde quando decidi convidar o pessoal para jantar um caril. Fui comprar leite de coco, cozinhei tudo com azeite e óleo de palma, e no fim juntei o camarão. Às oito e meia estávamos a jantar. Foi uma euforia!

Longitude, Alentejo tinto 2013, 13% de álcool, Castelão. Um vinho acre e meio ácido, com um toque adocicado da juventude da safra. Uma surpresa.

Papa Figos, Douro tinto 2013, 13% de álcool. Mais doce que ácido, mediamente encorpado, um clássico do Douro.

Cheda, Douro tinto 2012, 13,5% de álcool, Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz, de vinhas de 25 a 30 anos, com fermentação em inox (50%) e em barricas usadas (50%), e estágio 100% em inox. Um vinho surpreendente, com uma complexidade média de sabores. O melhor de todo este lote.

AsPias, Alentejo tinto 2013, 14% de álcool, Aragonez, Syrah, Trincadeira e Alicante Bouschet. Mais um alentejano menos doce que o habitual, com alguma acidez e agrura. Bela mistura.

Rosa Santa, Alentejo tinto 2013, 14% de álcool, Aragonez, Cabernet Sauvignon e Trincadeira. Um vinho doce, meio acre e meio encorpado. Forte, bom para começar um jantar.

Vinea, Alentejo tinto 2013, 13,5% de álcool, Aragonez, Castelão, Trincadeira e Alicante Bouschet. Mais acre que o anterior, menos encorpado, mais leve e fresco.

Monte da Ravasqueira, Alentejo tinto 2012, 13,5% de álcool, Touriga Nacional (30%), Syrah (30%), Aragonez (25%) e Alicante Bouschet (15%). 40% estagiou em barricas de carvalho francês. Um vinho mais acre e mais encorpado que o anterior, mas ainda assim leve e fresco.


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