Vinhos a metro

Tanto que fazer e tão pouco tempo…
Vinhos não faltam, o que falta é tempo para tomar notas sobre os vinhos que vou sorvendo aqui e ali.
Mas ficam aqui as linhas gerais.

Chaminé, Alentejo tinto 2011, 13,5% de álcool, Aragonez e Syrah. Um vinho muito cavado entre o doce e o ácido. Um sabor a framboesas muito alentejanas e, do outro lado, um ácido simultaneamente doce, que faz a ponte de volta. Mas a cava é muito fundo. Um vinho bipolar!

Marquês dos Vales, Algarve tinto 2008, 13,0% de álcool, 50% de Cabernet Sauvignon, 50% de Trincadeira, com um estágio de 12 meses em carvalho francês. Parecido com o anterior, mas menos cavado: com uma distância mais curta entre o doce e o ácido. O doce é um pouco mais enjoativo, tipo doce de tomate.

Periquita, Setúbal tinto 2010 Reserva, 13% de álcool, Castelão (38%), Touriga Nacional (34%) e Touriga Francesa (28%), 8 meses de madeira. Um reserva muito mais recente que os Periquita anteriores, mas ainda assim é um vinho de referência, embora não seja a velha pomada tão aclamada aqui outrora.

Adega de Pegões, colheita seleccionada, Terras do Sado tinto 2008, 14% de álcool, Touriga Nacional, Trincadeira, Cabernet Sauvignon e Syrah. Adstringente, ácido e doce qb.

Terras da Amareleja, Alentejo tinto 2009, 13,5% de álcool, Alfrocheiro e Trincadeira. Menos enxofrado que o 2008, um alentejano clássico.

Terras do Pó, Setúbal tinto 2001, 13,5% de álcool, Castelão, Touriga Nacional, Syrah. Um vinho que eu não queria beber, mas aqueles beberrões do dia-a-dia não bebem outra coisa. Lá veio para a mesa. Um doce azedado e ligeiramente enxofrado. A Ermelinda devia era reformar-se. Entre isto e o Real Lavrador, venha o diabo e escolha.

Caiado, Alentejo tinto 2012, 13,5% de álcool, Castelão, Aragonez, Trincadeira e Alicante Bouschet. Um vinho do Monte Mayor. Bastante mais decente que o anterior, com uma curva harmoniosa entre o doce e o ácido. Um clássico alentejano de qualidade.