Nacionalização!

Pagámos os bancos.
Pagámos os políticos.
Pagámos os juizes.

Estão todos em dívida para connosco. Se não nos devolverem o dinheiro até ao fim do mês, considerem-se nacionalizados!

Para comemorar abrimos umas garrafas. Segue o rol.

Cabeça de Burro, Douro tinto 2009, 14% de álcool, Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca. Uma novidade: o Burro de 2009. Está bom. Está melhor que o 2008. Sem mácula. Um vinho de 8€, caro para os tempos que vivemos, há vinhos tão bons a 1,69€, mas é preciso beber para falar. E eu bebi!

Ameias, Palmela tinto 2009, 13,5% de álcool, Cabernet Sauvignon. Mais um vinho fantástico de Palmela. Completamente diferente do último – exatamente igual – que bebi: uma diferença do dia para a noite. Será que o meu paladar mudou? Serão os efeitos de Fukushima? Não sei. O que sei é que o sabor doce e redondo da última vez se evaporou. Em vez dele, ficou um sabor áspero e ácido. Um sabor mais agreste e mais próximo do Aragonês da mesma família, bebido há uns dias. Terá sido do pé excessivo? É que esta garrafa trazia um terço de pé no fundo. Sim. Pode ter sido disso. Apesar disso, foram 5€ bem bebidos.

Quinta do Corujão, Dão tinto 2008, 13,5% de álcool, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Jaen e Trincadeira. Mais 7,49€ para o bucho. Um vinho do Douro, um vinho bom!2

Quinta do Infantado, Douro tinto 2005 Magnum (1,5l), 13,0% de álcool, 16 meses em carvalho. Só fizeram 232 magnuns e esta foi uma. Foi cara, mas pagou o Gaspar: 34,99€. Agora o veredicto: um sabor semelhante ao Quinta do Corujão, talvez um pouco mais estável e mais seco do envelhecimento. Meio terroso. É um vinho bom – vinho do Douro, eh eh eh – mas não se justifica o preço, a não ser pela raridade do recipiente.

Claustru’s, Douro tinto 2010, 13,5% de álcool, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Touriga Nacional. Bom, bastante bom. Um vinho de 2,09€ e tão bom como os anteriores. Estou novamente convertido aos vinhos do Douro.

2 Vinho do Douro, vinho bom, como diria o José Duarte.


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