Montes Claros

Os vinhos devem ser bebidos aos pares, no mínimo, para poderem ser comparados. O ideal é mesmo três vinhos de cada vez. Tenham sempre 3 garrafas abertas. Assim, para além de os poderem comparar uns com os outros, podem também perceber como envelhecem com a oxidação.

Montes Claros, Alentejo tinto 2010 Reserva, 14% de álcool, Aragonez, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Syrah, com estágio de 12 meses em carvalho francês e americano, e 6 meses em garrafa. O primeiro sabor foi enxofre logo seguido dos estalidos do Cabernet Sauvignon. Depois, vencido o enxofre, tem lá por trás um sabor bem engendrado entre o ácido, o doce e o adstringente. É um vinho com meio corpo e macio, quase leitoso. No dia seguinte já não tem enxofre, e os estalidos já são quase residuais, podendo já perceber-se a qualidade da obra do enólogo. Um vinho bem trabalhado, com um sabor meio seco, equilibrado e sem notas muito salientes. Montes Claros, um clássico do Alentejo, um vinho com história.

Serras de Azeitão, Península de Setúbal tinto 2011, 14% de álcool, Aragonez, Syrah, Merlot e Touriga Nacional. Bastante melhor do que na última prova. Perdeu o toque enjoativo nestes últimos 6 meses em garrafa. Passou a ser um vinho de consumo regular.

Porta dos Templários, Beira Atlântico tinto [2011], 12% de álcool. Já muito comentado neste sítio, tão bom como os anteriores, apesar de ter apenas 12% de álcool e custar 3 a 5 vezes menos. Quem nunca provou ainda está a tempo.


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