Quanto mais bebo, mais vinhos aparecem no mercado. Vai daí passei a beber dois vinhos de cada vez. Dois copos à mesa e ora vai deste, ora vai daquele. E assim ainda os posso comparar e perceber melhor os aromas e odores de cada um.
Quinta das Baceladas, Bairada tinto 2005, 14,5% de álcool, Merlot e Cabernet Sauvignon, com um pouco de Baga, 12 meses em barricas de carvalhos francês novas.
Casa da Passarela, Dão tinto 2008, 13,5% de álcool, Touriga Nacional, Alfrocheiro, Jaen e Tinta Roriz.
Do primeiro já bebi duas. A primeira estava velha e acastanhada, mas ainda assim bebia-se, tinha um travo de frescura no meio do castanho da velhice. A segunda estava mais fresca, a cor era arroxeada, e a mescla de sabores era mais rica: um toque de amadurecido, um toque de acre, quase nada adocicado. Senti uns estalinhos e pensei: será que tem Cabernet Sauvignon? Afinal tinha. Um bom vinho para acompanahr queijos de ovelha bem curados. É um vinho bem feito. Vou arriscar e comprar a terceira garrafa, se ainda lá estiver.
Da segunda só comprei uma. O rótulo é mais sóbrio e pobre e não me convenceu. Comprei para experimentar, mas gostei. Gostei porque quase não tem o travo enjoativo típico do Dão. Não é tão bom como o Quinta do Mondego 2007, mas está lá perto. É um pouco mais aguado que o Baceladas, mais fresco também, mais roxo, mais novo; mais acre, mais vivo, mas já perdeu aquela frescura enjoativa dos vinhos novos e o sabor preponderante talvez seja o acre, ou o acre-fresco. Um bom vinho para acompanahar carnes grelhadas em lume forte.
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