O Outono chegou ontem brindado por uma chuvada das fortes. Mas antes disso passámos a tarde a comer e a beber até fartar.
Abri com um tinto a acompanhar três santolas e uma navalheira apanhadas à socapa na semana passada. Depois foram 15kg de sardinhas e acepipes e sobremesas trazidas pelos convivas para comemorar 50 anos de existência!
Quinta dos Termos, Dão tinto 2005, 13% de álcool, Rufete, Marufo, Trincadeira Preta e Jaen, envelhecido em carvalho francês e pelo tempo em garrafa. Um toque de velho, seco, suave, leitoso. Um pinga de chorar por mais.
Vinha da Defesa, Alentejo rosé 2011, 13,5% de álcool, Aragonez e Syrah. Um vinho meio doce meio amargo para beber bem fresco. Acompanha bem quaisquer pratos de churrasco em dias quentes. Só é pena não ter taninos.
Vale de Barris, Palmela branco 2011, 12,5% de álcool, Moscatel. Um branco é sempre um branco: falta-lhes sempre qualquer coisa, falta-lhe sempre o corpo e a aspereza dos taninos. Mas enfim. É um vinho doce, pouco ácido, cheira bem, é bonito, mas é branco.
Vinha do Almo, Alentejo branco 2001, 12,5% de álcool, Roupeiro, Arinto e Antão Vaz. Um vinho da Herdade Perdigão. Um branco com 11 anos é obra. É doce e espesso, quase que parece xarope. É um vinho perigoso, dá vontade de beber como se fosse água ou refresco, por isso, passei ao tinto.
Duas Minas, Douro tinto 2008, 13,5% de álcool, Touriga Franca, Touriga Nacional e Tinta Roriz. Gostava de ter provado, mas entre tirar sardinhas da grelha e colocar sardinhas novas a assar, beberam a garrafa toda.
Castelo Rodrigo, Beira Interior tinto 2009, 12,5% de álcool, Tinta Roriz, Rufete, Marufo e Touriga Franca. Um vinho típico das Beiras, com sabor redondo a frutos vermelhos. Bom.
Grão Vasco, Dão tinto 2009, 13% de álcool, Jaen, Tinta Roriz, Touriga Nacional. O Dâo Grão Vasco já foi um vinho excecional, mas depois da marca Grão Vasco se ter transformado numa multirregional nunca mais o bebi. Bebi um dia o Grão Vasco Alentejo e jurei para nunca mais. Mas este Dão está bastante aceitável. É um clássico do Dão com o sabor típico da região, naxa enxofrado. A repetir quando houver mais tempo para apreciar.
Crasto, Douro, tinto 2010, 13,5% de álcool, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Touriga Franca e Touriga Nacional. Também não cheguei a cheirá-lo, quanto mais bebê-lo. As garrafas vazavam à velocidade de meia dose de sardinhas e eu, ora cá ora lá, não tive tempo de anotar todas (com a goela).
Altano Quinta do Ataíde, Douro tinto 2008 Reserva, 14% de álcool, Touriga Nacional. Já o bebi em tempos, mas desta vez nem vi abrir a garrafa, tal era a sede dos convivas!
Adega de Borba, Alentejo tinto 2010, 13,5% de álcool, Aragonez, Trincadeira e Alicante Bouschet. Mais uma que vazou à velocidade de uma assadura.
Fonte do Nico, Península de Setúbal tinto 2010, 12,5% de álcool, Castelão. Um clássico da região de Palmela, a um preço de crise e um travo de luxo. Tinha duas de reserva e marcharam.
No rescaldo, abri a garrafa de oferta de uma amigalhaço de Cacilhas para comer as sobras de sardinha assada.
Esporão, Alentejo tinto 2009 Reserva, 14,5% de álcool, Aragonez, Trincadeira, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon, 12 meses em carvalho francês e americano. Um vinho encorpado, seco pela aspereza da madeira, meio doce e com um toque de acidez qb. Acompanha bem sardinhas fumadas em pinho de palete.
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