Marcámos o almoço de verão e mandámos a conta ao Relvas, com direito a reforma vitalícia para todos os participantes. Enfim, posso agora ir para a praia todos os dias. E com o dinheiro da reforma compro um Ferrari e duas ucranianas.
Acordei cedo, de manhã e mandei logo 3 garrafas abaixo ao pequeno almoço. O resto foram copos do almoço para acompanhar moreia frita e sardinha assada. Eram duas da manhã quando arrotei e me levantei da mesa.
Ao pequeno almoço não convém beber vinhos com muito álcool, por isso fui à garrafeira e trouxe apenas garrafas com 13% de álcool.
Divínica, Douro tinto 2009, 13% de álcool, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Tinto Cão, Sousão, Tinta Amarela, Tinta Francisca. Divínica, principalmente a Francisca!
Astronauta, Lisboa tinto 2010, 13% de álcool, Touriga Nacional. Um belo vinho para acompanhar com o café com leite da manhã.
Cardeal, Dão tinto 2010, 13% de álcool, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alfrocheiro. Um vinho menos agreste que os anteriores, que não eram de todo agrestes, mas este é muito mais redondo como é normal no Dão. Bebe-se bem com compotas da Casa de Mateus.
E com estes vinhos, todos eles aprovados, passámos ao almoço.
Coudel Mor, Tejo tinto 2010, 13,5% de álcool, Trincadeira e Preto Martinho. Um vinho ligeiramente frutado, ainda com um toque de nada de enxofre – precisava de mais 1/2 hora aberto, mas nós nem o deixámsos pousar. Um sabor com uma ligeira complexidade, mas claramente um vinho novo.
Casa Burmester, Douro tinto 2009 Reserva, 14% de álccol, Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz.
Bastante mais seco que o anterior, menos enxofre e menos vivacidade (ou novidade), pois é menos novo que o anterior. Com menos álcool teria marchado mais depressa.
Herdade do Pinheiro, Alentejo tinto 2009, 13,5% de álcool, Aragonez, Trincadeira, Cabernet Sauvignon. Um pouco mais seco ainda que o anterior (até aqui a memória ainda chega), o que ajuda o vinho a escoar-se. Quanto mais seco, mais cabe no estômago. Acompanha bem outros vinhos.
Valle Pradinhos, Trás-os-montes tinto 2007, 14% de álcool, Tinta Amarela, Cabernet Sauvignon e Touriga Nacional. A partir daqui devíamos ter tomado pastilhas para o Alzheimer, pois já não me lembro de nada. Devo tê-lo achado muito alcoólico, mas saboroso, pois não rejeitámos vinho nenhum. A provar novamente mais sóbrio.
Porca da Murça, Douro tinto 2010, 13% de álcool, um vinho aberto no dia anterior, já ligeiramente oxidado (teoricamente, porque não se percebeu nada). Um vinho ainda na onda das compras de 13%. Também marchou.
Bridão, Tejo tinto 2009 Clássico, 14% de álcool, Touriga Nacional, Castelão, Tinta Roriz, Trincadeira, com estágio em carvalho. Talvez o mais encorpado da tarde – não foi ó Relvas – mas com excesso de álcool e infelizmente não me lembro de mais nada.
Papa Figos, Douro tinto 2010, 13% de álcool. A tal novidade da Casa Ferreirinha, com 12 meses em carvalho francês. Mais doce que os anteriores, e menos encorpado também: uma bela água da vida.
Quinta da Alorna, Tejo tinto 2009 Reserva, 14% de álcool, Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon. Uma bela pomada apresentada pelo nick, mas que já faz parte da mobilia da casa. Um vinho talvez com excesso de madeira e ligeiramente mais doce que os anteriores.
Vale dos Barris, Palmela tinto 2009, 13,5% de álcool, Castelão. Um vinho da Adega de Palmela, com o sabor frutado típico do castelão, mas não em demasia.
Pontval, Alentejo tinto 2010, 13,5% de álcool, Alicante Bouschet, Syrah, Touriga Nacional, Petit Verdot. Barricas de carvalho durante meses! Foi o último e acompanhou frangos com picante para lá da 1h da manhã. Não sei se por isso, se por estar já com “sono”, mas gostei e vou repetir.
Não pagámos IVA. O Relvas tratou disso por nós.
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