Uma palavra de apreço pela existência dos vinhos P.
Os vinhos P, comuns em todas as zonas a Sul da Galiza são normalmente bebidos quando ou por falta de verba ou por falta de garrafeira que justifique ou ainda porque um dos convivas se sai com um “É pá! Os gajos aqui têm cá uma pomada!”.
E aí vemo-nos a questionar: “Então e de onde é o vnho da casa?”
A resposta está na ponta da língua: Pias, Palmela, Pegões, Pinhal Novo, Poceirão ou, se verde, Ponte da Barca, Ponte de Lima ou até (Peso da) Régua. Vendido em jerrycans, tetra bricks ou nos nosso velhos garrafões,
é difícil não ter um certo carinho por este vinho incógnito (ou sem marca visível) feito numa obscura Adega Cooperativa por um curioso (agora o qu’é bom é chamar-lhe enólogo, alguns até já são dótores e vão a caminho do estrelato) e, em tempos, armazenado nas instalações do Abel Pereira da Fonseca, do Val do Rio e outros, no Poço do Bispo.
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