A minha filha começou a ganhar consciência da dimensão das coisas. Já percebeu que é pequena e nós somos grandes.
Apercebi-me disso quando ela veio ter hoje comigo e me pediu uma joLa pequenina. Traduzindo para miúdos, ou para graúdos: “uma mini”, ou no jargão da GNR: “uma mine”.
Acho que estamos no caminho certo para debelar este grande mal que se assolou sobre a nossa família: o alcoolismo infantil. É uma maldição que nos assola a todos desde a mais tenra das idades, da bisneta ao bisavô, e que todos os indícios apontam para que a cadeia esteja prestes a ser quebrada: o meu avô já não deve durar muito mais!
No entanto, e tal como na maldição das últimas linhas dos “Cem anos de solidão” do Garcia Marquez, a ida do avô é acompanhada pelo baptismo de mais uma imberbe criatura nos vapores sulfurados da joLa: a filha do outro mano rei.
Aparentemente, ela não estava muito interessada na joLa, mas um baptismo é assim mesmo: uma coisa pouco interessante. É sempre uma obrigação. O melhor vem depois!
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