Educação vs. Criatividade

Com o frenesim educativo-industrial existente e os factos recentes referentes ao Malfadado e Incómodo Conservatório e a todo o ensino artístico no Extremo Oeste (país especializado em patos bravos, calceteiros marítimos e dótores) , chegou-me via e-maile uma conferência curiosa para ‘ouver’ aqui.

A constatação é a de que os mesmo princípios de aplicam em todo o lado. É geral e difícil de alterar.

Temas:

  • Educação como Status
  • Educamos crianças para um futuro que desconhecemos totalmente com as premissas actuais
  • Esbanjamento da criatividade das crianças.
  • Quando chegamos a adultos perdemos a capacidade de lidar com os erros
  • Nos sistemas de educação mata-se a criatividade
  • Shakespeare tinha um pai disciplinador?
  • Do ensino das artes vs. matemáticas
  • A finalidade da educação é formar professores universitários
  • Educamos com os valores da Revolução Industrial: estigmatização das artes e da criactividade
  • Inflação do número de graduados e do nível exigido

Em que educação = literacia ou escolaridade (Ou a ansiedade do status) em lugar de educação = viver em sociedade e respeitando o próximo (aquela que os paizinhos, se fossem educados deviam dar).


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Comentários

4 comentários a “Educação vs. Criatividade”

  1. Avatar de alex

    Eu sou apologista de que a educação não tem como finalidade formar professores nem tãopouco formar trabalhadores. Vejo a educação como instrução. Instrução técnica, artística ou científica. Vamos para a escola para aprender. E depois, fazemos disso o que entendermos.
    E a educação cívica não tem nada a ver com isso. É aprendida em casa, com os pais, irmãos, avós, tios e primos, e à porrada com os amigos.

  2. Avatar de poisonarrow
    poisonarrow

    A grande finalidade da escola é servir para ter lá os putos guardados enquanto os pais trabalham.

    A sociedade tolera tudo: que os putos não saibam escrever duas frases conexas, que não sejam capazes de realizar operações aritméticas básicas, que não saibam quais os seus direitos básicos, etc. Apenas não se tolera que a escola feche porque não há onde deixar os putos.

    Adicionalmente serve para habituar as pessoas a várias coisas:
    estar o dia inteiro sentado em cadeiras de merda
    estar o dia inteiro a comer comida merdosa
    estar o dia inteiro parado a ouvir os outros
    estar o dia inteiro sem fazer nada de útil
    estar o dia inteiro sem fazer nada de criativo
    estar o dia inteiro preso num sítio
    estar o dia inteiro sem liberdade
    estar o dia inteiro sem produzir
    estar o dia inteiro sem sexo
    estar o dia inteiro a ouvir coisas irrelevantes
    estar o dia inteiro a ser vigiado
    estar o dia inteiro a ser avaliado

    e ensina a aprender que tudo isso é legítimo

  3. Avatar de alex
    alex

    Ó seta venenosa, isso é o menos importante de todo o processo da aprendizagem.
    Há duas coisas muitos importantes na aprendizagem que se obtém na escola e que não focas no teu discurso:
    – o treino do cérebro, para o raciocínio abstracto, concreto ou criativo, que é um benefício individual
    – a consequente evolução das ideias, da ciência e da técnica, que é um benefício colectivo

    Winston Churchill disse “o pessimista vê as dificuldades de cada oportunidade, o optimista vê as oportunidades em cada dificuldade”. Está em causa uma questão de atitude.

  4. Avatar de poisonarrow
    poisonarrow

    O problema não está no conceito de escola, que corresponde no essencial ao que dizes, com mais uma componente de socialização que também é bem vinda. O problema está no que se faz do conceito de escola.

    Quando os argumentos a favor de escola passam a ser do tipo “se não houvesse escola então como é que era?” quer dizer que se está num low low da prática escolar, quer dizer que uma coisa já não se digna afirmar por ela mas pela ausência de alternativas.

    Ora, saudável seria o contrário, seria que a escola se afirmasse não pela ausência de alternativas mas pelos seus méritos próprios. O que também é possível. (thanks Curchill)

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