Portugal à beira da bancarrota. Foi título do expresso. Na semana passada. Os opinadores surgiram logo em avalanche. Todos têm soluções. As soluções da burguesia passam sempre por ir ao cu de quem trabalha. A primeira medida já está tomada. É o ataque ao subsídio de desemprego. A culpa é das prestações sociais que são muito elevadas. Fica a mensagem, a culpa é dos trabalhadores.
É uma mentira. As dificuldades têm muitas origens. Mas a gota que fez derramar o copo é facilmente identificável. “Agora, o risco dos bancos é o risco da dívida soberana”. É isso que se está a pagar.
Passa para cá o 13º mês. É a solução preconizada pelos filhos da puta que nos querem levar a massa. Pró caralho. Passa para cá, o caralho. A gente faz as contas: 5 milhões de indivíduos activos a 700 euros por mês dá 3500 milhões de euros, 700 milhões de contos. É o que dá o roubo do 13º mês. Mais ou menos o que se gastou no BPN e no BPP. Estamos certos de que o o cavaco promulga e de que o expresso opina a favor.
E dizem alguns: o 13º mês deve ser pago em obrigações do estado. Remíveis apenas cinco anos depois. Vão para o caralho. Metam as junk bonds no cu. Também podiam ter pago a reforma do Cadilhe em junk bonds. Também podiam pagar o salário do Mexia em junk bonds. Também podiam pagar as reformas dos administradores do BCP em junk bonds. Também podiam pagar os prémios da CGD em junk bonds. Pró caralho. Isso não podia ser porque era inconstitucional.
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