Temos um ministro que quando fala parece que tem a boca cheia de favas, sinal de importância. É dado pelo FT como o mais incompetente da UE, mas tem a boca cheia de favas. Com a boca cheia de favas disse que o estado garantia a dívida dos bancos. Tinha a boca cheia de favas quando disse que o risco da dívida dos bancos era o da dívida soberana, ou seja, o da dívida do estado. E com a boca cheia de favas nacionalizou o que não conhecia. E com a boca cheia de favas disse aos bancos para emprestarem dinheiro que não tinham. E com a boca cheia de favas disse esta semana que os bancos tinham que emprestar dinheiro à economia ou então lhes retirava a garantia do estado.
O cidadão acha que os bancos não querem emprestar dinheiro a empresas num período recessivo que vai extinguir muitas delas gerando créditos incobráveis. O ministro com a boca tão cheia de favas devia saber mais do que isso. Devia saber que a Espanha falhou uma emissão de títulos do tesouro. Devia saber que os emprestadores recusaram emprestar dinheiro à Espanha. Devia saber que aos olhos dos emprestadores o risco do estado português é semelhante ao do estado espanhol. Devia saber que por esse motivo ninguém nos vai emprestar dinheiro. Devia saber que por isso a garantia do estado aos bancos não vale um peido, ninguém a aceita. Devia saber que ao ameaçar os bancos os obrigou a explicar a situação. Agora o povo já sabe, porque o espesso acabou de colocar na primeira página, que nem a CGD é digna de crédito junto dos emprestadores. O estado dos outros bancos é daí para baixo. Alguém acabou de dar um murro na boca do ministro e ele engoliu as favas todas.
Deixe um comentário