Desta água não beberei

Nunca vou ligar-me ao tuítas, e a outras tretas do género.

Há quem se ligue para ver as gajas que lá estão e para ver se papa mais alguma.
Há quem se ligue porque tem necessidade de estar ligado a uma merda qualquer de onde saltem linhas de texto para ler, porque as linhas a castanho no papel higiénico não lhe chegam, e não sabe ler folhas de chá.
Há enfim, aqueles para quem realmente o tuítas foi pensado – os tuítas não parasitas – os que precisam de estar ligados a qualquer coisa por fios, ou sem fios, por linhas imaginárias, mesmo quando estão a dormir.

Eu não sou nenhum deles e prefiro estar ligado de olhos nos olhos, a falar e a ouvir as frequências todas da voz do meu interlocutor. A ver-lhe as expressões na cara, a perceber se está a dizer que sim e a pensar que não. A beber um copo, a olhar para gajas de verdade a 3D e com cheiro.

Nunca vou usar telemóvel.

Assim que saio de casa sou livre e ninguém tem o direito de me chatear. Puta que pariu os chateadores. Puta que pariu os chateadores profissionais. “Ah, mas e se tens uma urgência? Se te acontece alguma coisa?” Se me acontece alguma coisa, resolvo-a.

Vem isto a propósito das saudades que tenho do blog da marciana, que migrou para o tuítas, mas que tem o acesso fechado para os outsiders. Só entrei três vezes no tuítas, duas hoje e uma no ano passado. Todas no site da marciana e fiquei parado à porta. A nostalgia é grande, mas não suficiente.

E por falar em nostalgia, conhecem a Sarah Jane Morris? Aqui fica.

Os (mais) antigos já a tinham visto aqui

São ambos covers, mas covers fantásticos


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