jogar para perder

Já aqui abordámos a falácia dos altos salários. A história de que é importante pagar bem a uma data de gente para que nos governem ou administrem as nossas empresas é uma aldrabice. E, a quem quiser, explicamos facilmente porquê.

Tomemos como exemplo o futebol. Imagine-se que o Carlos Queiroz tem uma cláusula de rescisão de 1 milhão de contos. Um milhão de contos é muito dinheiro para um gajo que nem sequer pode chutar a bola quando ela está dentro do campo. Mas, claro, isto é na base do imagine-se. A pergunta é: “em que é que uma cláusula de rescisão dessas contribui para a performance da seleccção nacional?”

E eu? E se eu tivesse uma cláusula de rescisão de 1 milhão de contos? A família obrigava-me a perder os jogos todos. Não é fácil convencer a mulher de que é aceitável ganhar jogos quando se tem uma cláusula de rescisão de 1 milhão de contos. Se eu tivesse uma cláusula de rescisão de 1 milhão de contos e não fizesse por ela levava um par de cornos. Talvez dois.


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