O mito de que o dinheiro aumenta o interesse e o empenho no trabalho é falso. Só um professor muito bem pago aceita passar crianças que não sabem ler nem escrever. Só um juiz muito bem pago aceita trabalhar afincadamente num processo que sabe ir prescrever. Só um artista muito bem pago aceita colocar no mercado uma obra medíocre.
É o que diz o grande Festinger, 1957, a theory of cognitive dissonance. Um clássico. Conhecido de todos os psicólogos e sociólogos. Um segredo. Está em todos os livros. Todos os peritos a conhecem. Mas fingem que não conhecem. É a ciência que não chega aos jornais, porque não a deixam. É a ciência, a verdadeira ciência, que o chornal aqui vos disponibiliza:
“The Boring task experiment – In Festinger and Carlsmith’s classic 1959 experiment, students were asked to spend an hour on boring and tedious tasks. Some participants were paid $20, another group was paid $1. When asked to rate the boring tasks at the conclusion of the study, those in the $1 group rated them more positively than those in the $20 and control groups.”
Os resultados são claros. As pessoas menos bem pagas atribuem mais importância ao trabalho. Pagar mais dinheiro é um disparate anti-científico. Sabe-se isso há mais de 50 anos. Em resumo, a motivação vem da tarefa. Não vem do dinheiro. E é da tarefa que tem que vir. Olhamos para a tarefa que temos à frente e estamos motivados. Tão motivados que temos que levá-la a cabo. É só isso.
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