Um tipo com estudos num dia em que, provávelmente, teve de se dirigir a alguma repartição, discutir com uma “parede” ou simplesmente entrar de ténis num restaurante, enunciou há quase vinte anos, uma teoria com os seguintes principia:
- Cada um de nós subestima sempre e inevitavelmente o número de indivíduos estúpidos em circulação.
- A probabilidade de um dado indivíduo ser estúpido é independente de qualquer outra característica desse indivíduo.
- Uma pessoa é estúpida se causa dano a outra ou a um grupo de pessoas sem obter qualquer ganho para si ou, o que é pior, se causa algum dano a ela própria no processo.
- Os não-estúpidos subestimam sempre o potencial de prejuízo das pessoas estúpidas; esquecem constantemente que, em qualquer altura ou lugar e sob qualquer circunstância, lidar ou associar-se a indivíduos estúpidos constitui invariavelmente um erro com custos elevados.
- Uma pessoa estúpida é o tipo de pessoa mais perigoso que existe.
Considerou o terceiro principio como a regra de ouro.
Nas notícias ouve-se que Portugal será o país de toda a União que irá ter o aumento de rendimento médio da população mais baixo, apesar de um propalado aumento da produtividade (segundo o INE o PIB aumentou 2% no primeiro trimestre). Um leader duma central de sindicatos “moderados” (e, agora, próxima do governo da nossa aldeia) vem, escandalizado, dizer que há dez anos (10!!) que os trabalhadores andam a ser enganados. Nunca tendo o senhor tomado posição de força nestas matérias, preocupando-se apenas com a competição com a central mais vermelhusca. Pergunto-me: essa central existirá, ou é só uma fachada para nos fazer de estúpidos?
Venho para a Cidade vindo do deserto. A uma esquina daquela cidade de tijolos de adobe one moro dois operários marcam uma obra com dois baldes (pretos) minúsculos cheios de areia. Trabalham calmamente na borda do passeio. Por pouco não bati…
A caminho da ponte para a Cidade, um tipo, vendo que o ia ultrapassar pela direita acelera arricando um acidente estúpido à entrada do tabuleiro da ponte.
Invariavelmente uma pessoa que diz querer uma relação cordial inicia, quase invariavelmente, diàlogos de forma intempestiva, agressiva e insultuosa. Por vezes (muitas vezes até) obtém respostas no mesmo tom. Quer outro tipo de resultado espera?
Através de uma série de comentadores (habilitados, atenção!!) vendem-nos liberalismos, privatizações com pseudo-ganhos de eficiência e outras balelas do género, incluindo cartões únicos. Isto em simultâneo com promessas de abaixamento de impostos, preços (qu’é melhor pró consumidor) e melhoria das condiçõe de vida. Na realidade passamos a ganhar menos, os preços não se deixam enganar, temos menos liberdade e pagamos mais impostos ao mesmo tempo que nos enterramos em mais dívidas. Mas continuamos a votar, invariavelmente, nos mesmos partidos desmaiados que nos governam, alternadamente, há 30 anos.
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