Signos e volante

Nativos de Leão são ases do volante e os de Balança aselhas da estrada.
in DN.

Há uma relação estatisticamente significativa entre o signo do Zodíaco e a capacidade de conduzir um automóvel. Isso foi demosntrado por Lee Romanov e vai passar a ser usado pelas companhias de seguros para a determinação do valor do prémio.

E para os que pensam que a amostra poderia, eventualmente, estar distorcida, aqui vai a caracterização da mesma: O universo estatístico utilizado foi o historial de cem mil condutores norte-americanos nos últimos seis anos.

Parece que os coitados dos science followers que acreditam em ciências divinatórias como a Economia e a Meteorologia vão ter que passar a acreditar também na Astrologia.

Ah ah ah


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Comentários

3 comentários a “Signos e volante”

  1. Avatar de the Tao of Shin Shen
    the Tao of Shin Shen

    As respostas estão por ordem, da mais popular para a mais elitista:

    Resposta 1:
    E que tal verificar se nos seis anos anteriores também foi assim?

    Resposta 2:
    Isso é investigação feita nos EUA (provavelmente feita à pressa)
    e publicada nos jornais portugueses. “So help me God.”

    Resposta 3:
    Tomar uma decisão usando um nível de significância de 5% significa errar uma vez em cada 20. Quem faça 100 perguntas deve “com toda a certeza :)” encontrar 5 relações extraordinárias, fantásticas, surpreendentes, com um único defeito: não passam de coincidências estatísticas, perfeitamente esperáveis.

    Resposta 4:
    statistical significance should not be confused with significance per se

    Resposta 5:
    if you torture data sufficiently, it’s bound to confess to something…
    it is difficult to see how you can have confidence in the conclusions you build on these “confessions”

    Resposta 6:
    Where sample sizes are very large, statistical tests will often show statistical significance even where the absolute differences between samples are really quite insignificant.

    Literaturas recomendadas:
    Pereira, A. (2006). SPSS: guia prático de utilização: análise de dados para Ciências Sociais e Psicologia. Lisboa : Sílabo.
    Brown A. & Dowling P. (1998). Doing Research/Reading Research. RoutledgeFalmer, London

    Deixem-se mas é de estatísticas de merda e vão ler um livro a sério:
    http://spss.mediateca.pt/

  2. Avatar de alex

    Esqueceste-te da mais importante: a ciência actual é toda estatístico-dependente.

    Depois: se leres o artigo original hás-de ver que a Lee Romanov ficou surpreendida com os resultados, nomeadamente, com o facto de estarem a calcular prémios de seguro baseados em factos muito menos relevante e significativos do que os signos, como por exemplo, o local onde a pessoa habita (sítio com mais vandalismo, etc.).

    As coincidências estatísticas baixam com o tamanho da amostra. E, neste caso, a amostra coincidia com a população dos clientes daquela empresa.

    O que interessa às companhias de seguros são relações verificáveis de forma a calcular os prémios de forma justa. E estas verificam-se. Foram usados os últimos seis anos, provavelmente porque ela só dispunha destes valores. Porque é que os seguros das mulheres são mais baratos que os dos homens? Porque as companhias sabem que as mulheres batem mais vezes, mas com toques pequenos que não declaram porque são inferiores à franquia.

  3. Avatar de the Tao of Shin Shen
    the Tao of Shin Shen

    “calcular os prémios de forma justa”. Ah!ah!ah!
    Eles nem conseguem dormir de preocupados que estão com a justiça.
    🙂

    Deve ser como cá em Portugal:
    O petróleo subiu e a gasolina subiu (logo!)
    O petróleo desceu e a gasolina “esqueceu-se” de descer (passados 3 meses)

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