Transgénicos

Há por aí muitos cientistas a defender os transgénicos, com a justificação de que são resistentes às pragas e que com isso vêm resolver o problema da fome no mundo.

São tudo erros, meus caros. Primeiro, não vêm resolver problemas de fome, apenas encher os bolsos dos accionistas das empresas que produzem as sementes. Quanto maior for a implantação, quanto mais dependentes estiverem os agricultores, mais elevado será o custo das sementes.

Depois, e mais grave porque está mesmo debaixo dos olhos dos verdadeiros cientistas e não dos pseudo-cientistas que dão a cara na televisão(1), as pragas vão adaptar-se geneticamente, e muito rapidamente, às novas sementes. Desde Darwin que sabemos que, enquanto houver nichos ecológicos a explorar, a herança genética do planeta adapta-se de forma a poder usufruir desses nichos. É só uma questão de tempo para que surjam novas pragas que ameacem os dividendos dos accionistas da Monsanto e de outros aldrabões.

(1) Infelizmente, a grande percentagem dos cientistas portugueses (que, nisso, não diferem dos seus congéneres internacionais) defende a ideia lamarckista, comprovadamente errónea, da influência do meio sobre os genes, orientada para um fim; e não um raciocínio darwiniano, adaptativo e de selecção natural. [Afirmação baseada num estudo realizado pela minha colega Vanda junto da comunidade científica portuguesa, em 1999, sob a orientação do Professor António Bracinha Vieira.]


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