All Garve, o sítio onde tudo acontece.
Agora que tudo parecia estar a correr bem para o turismo português, com o volume de tráfego humano a aumentar no aeroporto de Lisboa, não é que foi cair um pedregulho em cima dos gajos que nos dão as esmolas? E logo na região turística por excelência (exceptuando as excursões pedófilas à Madeira) – o ALL Garve.
Na óptica do Cabeçóides Falatório, o ALL Garve deve ser o Inferno, já que o Céu é um sítio onde nada acontece.
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É sempre lamentável a perda de vidas humanas, mas tambem é lamentável o facto das pessoas continuarem a NÃO RESPEITAR os avisos, pagando por isso com a própria vida!!!
Há dois anos estive nessa praia. O ano passado estive nessa praia. Este ano não fui. Não me apeteceu.
Lembro-me de ter tentado convencer os outros de que aquelas sombras, da falésia, não eram grande coisa. Contei-lhes a história, verdadeira, de que o meu avô, pescador, teve uma vez que mandar-se para o mar para fugir a uma queda de rochas. Contei-lhes que, segundo relatos de pescadores, a falésia de sagres recuou, nalguns sítios, centenas de metros em seis décadas. Não serviu de nada.
Não me ligaram. Este ano foram para lá e estavam a sair da praia quando ouviram a derrocada. Tiveram sorte, ninguém se magoou.
P.S.: Tanto quanto me lembro o aviso era suficientemente indefinido para não assustar ninguém. Não era nada parecido com uma proibição.
Ó mutante, pareces um velho lobo do mar a falar.
Para proteger os cidadãos de novos acidentes bastava proibir o acesso e vedar. Em vez disso, mandou-se abaixo a falésia. Sobre a praia.
Qualquer eventual vestígio de outras quedas recentes de rochas está agora soterrado. Toda a investigação a ser feita sê-lo-á com base em documentos. Documentos das entidades que tinham por função vigiar a falésia.
Ou como diz algures o transmutante:
facts are never what they seem to be
Mutante, a força bruta marca pontos aos olhos do povo.
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