Educação sexual nas escolas. Aí está a associação nacional de beatos de serviço. Aí está a associação nacional de paneleiros. São a ANBS e a ANP. Não é possível agradar a dois públicos tão apostados em fazer da escola pública uma zona de conflito. Ambos trazem agendas para a escola pública. Agendas extremistas e ditatoriais. E são as únicas vozes que se ouvem. Os outros remetem-se ao silêncio. São a imensa maioria. O tema não lhes interessa. Confiam que a escola trata do assunto com sensatez.
A educação sexual não devia ser grande problema. Nem para a escola nem para os professores. Mas quer-se que seja. Qualquer opinião ou comportamento que não satisfaça as ANBS ou as ANP é um risco. O problema não são as ANBS e as ANP. O problema é a cobertura de que dispõem nas instituições e nos media. [1][2][3][4]
Ambas, ANBS e ANP, têm em comum a postura elitista. Ambas estão lá para julgar a escola pública. Ambas estão lá para submeter a escola e os professores a uma monoideologia. Ambas almejam submeter superiormente a escola e os professores a um standard que corresponda à sua visão do mundo. Um standard para os comportamentos e opiniões.
A ambas incomoda a diversidade da escola pública. Ambas representam gente que gosta de viver em guetos. O ensino público representa um espaço de convivência entre pessoas diferentes. Que pensam de maneiras diferentes uns dos outros. Um dos poucos espaços desses que restam. Há quem queira acabar com ele, dê por onde der.
P.S.: Ambas, ANBS e ANP, têm em comum a sua origem nos EUA. É lá que se assumem em toda a sua extensão. Ambas são produtos ideológicos do imperialismo. E agentes do imperialismo.
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