O Solnado era o maior. O homem da guerra, como a gente o conhece; um homem de paz, como ele se descrevia. Um gajo porreiro, sabia o momento certo para dizer as coisas, embora não fosse a pessoa mais eloquente deste mundo.
Mas era o Maior.
O Solnado era o maior. O homem da guerra, como a gente o conhece; um homem de paz, como ele se descrevia. Um gajo porreiro, sabia o momento certo para dizer as coisas, embora não fosse a pessoa mais eloquente deste mundo.
Mas era o Maior.
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Só as geraçÕes mais antigas Percebem o que representa perder para sempre o RAUL SOLNADO.
Não o perdemos porque como ele não se fazem mais.
ATÉ SEMPRE RAÚL
A “Guerra de 1908” (aqui uma adaptação curiosa) é talvez a rábula mais conhecida mas não esqueçamos “A História da minha vida”, a “Cirurgia Plástica” ou a “Ida ao médico”. Um génio.
Memorável.
“A vida num palco”
Não sendo eu da geração de Raúl Solnado, sei a perda irreparável que o seu desaparecimento provocou, numa época em que a comédia se confunde com o insulto brejeiro. O actor aprendeu com os melhores – João Villaret, António Silva e Vasco Santana -também por isso, merece estar na galeria dos imortais. Imaginemos a audácia e a inteligência de ridicularizar o Antigo Regime e os seus tabus, contornando a censura, utilizando jogos de palavras numa encapotada infantilidade. Foi um homem solidário que deu tudo pelo teatro, muitas vezes colocado acima dos interesses familiares.
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