O bom, o mau e o vilão. The good, the bad, and the ugly. Il buono, il brutto, il cattivo, na versão italiana. Um western sem a obrigatoriedade de bons e maus. Um western libertador. Libertador da convicção de que existem bons e maus. Uma convicção alimentada desde sempre pela religião. Pelas histórias infantis. Pelo cinema. Pelos westerns.
No papel de mau, Lee Van Cleef. Angel Eyes. Na versão italiana, o mau é designado por il cattivo. Cattivo de possuído pelo demónio. É o Lee Van Cleef que surge na capa do Caçador de Prémios de Lucky Luke, como Elliot Belt. No papel de vilão, o brutto, Eli Wallach. Um gigante da representação cinematográfica. No filme é Tuco, inesquecível. No papel de bom, Clint Eastwood. No filme é the man with no name. Um bom que é mais um bom filho da puta.
O bom, o mau e o vilão não é um filme como os outros. O mau é mau. O bruto é mau. O bom é um bom filho da puta. Três personagens que perseguem o dinheiro. Tudo o resto é transitório, acidental. Cada um por si. Só uma coisa interessa. Agarrar os sacos com o dinheiro.
Vêm aí eleições. E com elas uma armadilha. O outro é mau. Logo eu sou bom. Ou menos mau. Uma convicção útil para quem nos quer enganar. Neste filme não há bons. Nem sequer bons filhos da puta.
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