da justiça

Segundo o correio da manhã, um gajo qualquer foi ao colégio militar servir-se dos meninos. Noutros tempos, certamente um avô militar qualquer trataria do assunto repondo a respeitabilidade da família e da instituição. Hoje não. Os militares já não são o que eram.

Há algum tempo ouvi uma história parecida sobre um acampamento de ciganos. Um gajo qualquer tinha ido lá fazer umas maldades do mesmo tipo. E ali estavam os ciganos a queixar-se. Noutros tempos, ninguém se atreveria a fazer tal afronta a um grupo de ciganos. Os ciganos do meu tempo não se queixavam, tratavam do assunto. Os ciganos também já não são o que eram.

Hoje em dia tudo vai a julgamento. Somos um país civilizado. Delegamos na justiça o dever de punição outrora detido pela família. Os resultados estão à vista.

O bastonário da ordem dos advogados estava preocupado com a tendência para a justiça pelas próprias mãos. Pois claro. Era o que faltava. Nós também somos contra a justiça pelas próprias mãos. É para isso mesmo que existem jagunços. Na verdade, até os jagunços já não são como antigamente. Quem quiser justiça hoje, o melhor que tem a fazer mesmo é recorrer às máfias russas.


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