O foco

“Educação é o elevador que permite subir na vida.”

Aníbal, é melhor explicares também que a gente quando acaba a Educação não vai para a fila do elevador para subir para qualquer lado. Porque senão tenho que dar a mão à palmatória e achar que afinal a atitude da outra é que está correcta:

Depois da Educação (escolar) podemos-nos sentar e ficar à espera do cheque sentadinhos porque vamos subir no ascensor de certeza.

Gritamos aos quatro ventos a nossa Educação, e o povinho tem a obrigação de nos levar aos píncaros. Dar batatas, cebolas e galinhas; arrozinho, uma postinha mirandesa; um emprego compatível (daqueles em que basta pôr uma placa com o título), uma casita e um carrito compatível, enfim transformar-nos em nababos porque temos Educação! E quando todos tivermos Educação, havemos de encontrar uns colonizáveis para continuarmos a viver sem Trabalhar.

Assim se percebe aquilo que faz de nós os tipos mais atrasados da Europa (e a divergir) apesar de cada vez termos mais Educados: Em lugar de acharmos que a tal Educação é uma ferramenta para trabalharmos de forma mais eficiente, achamo-la um fim em si mesmo. Uma forma de obter benefícios sem ter que dar nada em troca.

Aliás isso vê-se no espírito autodidata de muitos dos Educados.

Por isso, ó director, o melhor é ires para o Rossio com um megafone, anunciares a Educação que aquilo começa logo a dar.

Ser Competente, Civilizado, Educado (a outra, a que não se aprende na Escola), Respeitador e (Aghh!) Trabalhador, Apaixonado (em todos os sentidos, até pelo conhecimento) é algo de menor importância face à Educação.

Aliás todos os exemplos de pessoas que “subiram na vida” ser ser à custa do dinheiro de todos nós indicam que nenhum deles trabalhou. Assim, sim! Ainda havemos de ser todos Sul-Americanos.

No nosso modelo instituído a frase “There Ain’t No Such Thing As A Free Lunch” apenas se aplica ao não Educados.

Um exemplo a seguir.