Somos um país pequenino. Irrelevante. O que não impede que se possa ser um país jeitosinho. Bom para os seus cidadãos. Não é preciso muito para se ser um país com algum sucesso. Existem os países grandes, os médios e os pequenos. Há lugar para todos, como mostra a teoria da evolução. Convém é claro que se perceba o nosso lugar no mundo. Sob pena de não termos lugar nenhum, de o sítio se tornar um bocado inóspito.
Os nossos governantes insistem em não saber o nosso lugar no mundo. Ou fingir que não sabem. Só isso pode explicar a nossa aposta em corridas em que os concorrentes são os que são. Os jornais trouxeram-nos a notícia da aposta nacional nas nanotecnologias. Nós com os espanhóis. Um verdadeiro tratado de Tordesilhas.
Ó palermas sem juízo. Ó analfabetos do caralho. Ó aldrabões sem vergonha. Estais a falar de tecnologias das quais depende o futuro de muitas outras. Incluindo aplicações militares. Incluindo aplicações militares! Quem sois vós para acreditar que isso vai ficar nas nossas mãos? Que nos é permitido vencer? Julgais que somos uma superpotência? Julgais que isso está entregue a um livre mercado? Bando de patetas.
O título do público é “Nanociência, ambição e orgulho para que o centro do mundo volte a Espanha e Portugal”. Com gente desta não vamos a lado nenhum. A cerimónia foi presidida pelo sr. sousa, pelo sr. silva, pelo rei e por um sapateiro. Vistos da américa, ou de uma potência industrial a sério, correm o risco de parecer 4 tontos. Vigaristas, autistas ou distraídos.
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