Quem é o indivíduo que decide a estratégia de uma empresa? Quem é que está realmente na base da decisão estratégica de avançar com um novo produto? Ou velho e recauchutado? O mercadólogo (marketeer na terminologia do bifes)? Um gestor de topo? O administrador?
Já várias empresas apostaram no livro electrónico, e todas faliram. Segundo o pasquim do ti belmiro, a Barnes&Noble, a Amazon e a Time Warner são três desses visionários falidos. Mas a Barnes&Noble não desisitiu e vai tentar de novo… perder uns milhões para o hiperespaço da literatura electrónica. E não há um antropólogo a ajudar estes visionários a perderem dinheiro de forma mais inteligente?
Os leitores de livros são gajos que cheiram a mofo como os livros que lêem. Gostam tanto do cheiro a mofo como das letrinhas que sobem e descem a superfície rugosa das folhas de papel. Gostam de molhar o dedo no cuspo para ajudar a virar a página. Gostam de desfolhar o livro com o mesmo gozo que um jogador de póquer baralha as cartas. Gostam de abrir as folhas coladas de um livro antigo com uma faca de papel. Há os que gostam de dobrar o canto da folha para saber onde ficaram da última vez; há os eternamente perdidos que não dobram folhas e preferem percorrer o livro todo até descobrir onde iam; outros usam separadores que os há de todas as cores e formas, dos mais simples às obras de arte.
E os dispositivos de leitura de livros electrónicos têm algumas destas coisas? Não. Então estão condenados.
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