Desde puto que me habituei a ouvir o pregão “É um euro! É um euro!”. É assim em todas as feiras. É o pregão favorito dos ciganos. Ciganos, amigos do povo. Graças a eles muita gaja boa anda por aí bem vestidinha. E melhor despidinha. Graças a eles o agricultor nacional ainda chega ao consumidor. Só graças a eles, que nos hipers os agricultores portugueses não têm lugar. Cigano, amigo do povo, e o resto é conversa.
As vendas a um euro são uma coisa das feiras. Entre nós, aqueles que vivem à margem das lojas de marca, das grandes superfícies e de uma legalidade merdosa. “Um euro” é pois preço para amigo. Coisa de cigano. Quem compra vai certamente bem servido.
O BPP foi vendido a um euro. Uma solução previamente preconizada pelo chornal. O chornal já tinha proposto as vendas a um euro. Propusemo-nos comprar bancos a um euro. Não nos venderam. Mas venderam aos caras de bolacha da Orey. Não nos trataram com a devida dignidade. Somos os indignatários do regime.
Ainda hoje um jornal dizia que o estado ia enterrar mais dinheiro no BPP. Mais 90 milhões de contos. Enterrá-lo todo. Era uma coisa feia, a um mês das eleições. Alguém emendou a mão. Agora vêm-nos dizer que alguém compra por um euro. Feito o deve e o haver, talvez o estado receba um euro menos 90 milhões de contos. O estado, que é como quem diz, o contribuinte. Já cá andamos há muito tempo. Já conhecemos as vendas do estado a um euro. Já conhecemos o sr. teixeira. O sr. teixeira não é homem para nos desiludir.
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