Os espanhóis querem fazer uma refinaria a despejar a porcaria para o Alqueva. A refinaria ficaria na zona de Badajoz, a cerca de 50 km do Alqueva, e teria o nome de refinaria Balboa.
Ora o Balboa já a gente conhece. O Balboa é aquele zarolho anti-comunista ressaiviado da guerra do ultramar, desculpem, do vietname, que depois invade sózinho a rússia no Rocky IV, Living in America, grande música, e que, mais tarde, corre os russos do Afeganistão, num filme feito para elogiar a resistência afegã, então aliada, que por acaso é a actual resistência afegã, agora inimiga, o que o torna não só num dos filmes mais ridículos da história do cinema como também numa das histórias mais ridículas dos filmes do cinema.
Quanto ao Alqueva, já é uma celebridade pelo lado dos coliformes fecais e um sério candidato ao título de euroretrete. Depois da central nuclear do comodoro, só faltava agora a refinaria do Balboa. O turismo do Alqueva promete: “Tome banho no maior lago de merda da europa, de preferência com uns vestígios de radioactividade e de óleos industriais.” O Alqueva tem potencial para se transformar numa daquelas casas de banho já muita cagadas e com escritos na parede, em que toda a gente já desistiu de puxar o autoclismo, acerta com o cagalhão nas bordas da sanita e mija a um metro e meio de distância, de preferência para a parede.
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