Obama, essa peste V

Obama segue fervorosamente as passadas do seu predecessor: a guerra aberta com Ásia Central, o desentendimento entre os povos e a dissociação cultural.

Já aqui coloquei a minha opinião sobre este assunto noutros momentos, mas os mesmos problemas de então voltam a ser actuais. Andámos nós, europeus, durante mais de um milénio à porrada com os árabes até percebermos qual era o lugar de cada um e, depois disso, passámos a viver numa quase coexistência pacífica.

Quando os EUA se formaram, já nós europeus vivíamos em paz com os árabes há alguns séculos. E os norte-americanos, ao invés de lerem livros de História, para não a repetirem, vão pelo pior caminho – a guerra ao invés da diplomacia – e o problema é que levam-nos atrás deles e deterioram a nossa relação de europeus com os povos árabes e da Ásia Central.


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Comentários

4 comentários a “Obama, essa peste V”

  1. Avatar de Vitor Silva

    Viver em paz com os árabes ou mulçumanos é uma afirmação que necessita de ser fundamentada.
    Puxei pela memória e não recordo assim a modos de paz. Terá sido quando Napoleão invadiu o Egipto? Ou quando o Reino Unido e a França dividiram os restos do Império Otomano. Ou nas incursões Russsa no Cáucaso. Ou guerras de libertação dos povos cristãos sobre domínio otomano que ainda provocam guerras, como a Guerra da ex-Jugoslávia. A guerra de 56 na tentativa de re-controlar o canal do Suez. A ocupação Francesa,Espanhola, Inglesa e Italiana do Norte de África.
    Quando encontrar um momento de paz, diga-me porque eu não consegui encontrar.
    Do ponto de vista religioso, ambos os lados veêm o outro como infiel.
    Como a influência da religião se faz sentir mais profundamente nas países árabes e nós cada vez estamos mais libertos do jugo, digamos que a opinião deles sobre os “depravados europeus” não é muito abonatória.

  2. Avatar de alex

    Refiro-me a guerra entre civilizações que, no caso europeus-árabes, é quase sinónimo de guerra entre religiões. E essas já não existem desde o tempo das cruzadas. As guerras que refere são guerras entre nações, têm outros motivos e outras consequências.
    As guerras que os EUA encetaram contra os países árabes e Ásia Central têm um formato de guerra de civilizações. De tal forma que os extremistas árabes colocam EUA e países europeus todos do mesmo lado, chamam-nos infiéis, e denominam esta guerra de nova cruzada. E é isso que eu considero grave, porque era um estádio já vencido: chamavamo-nos infiéis mutuamente, mas não fazíamos guerras por esse motivo.

  3. Avatar de Vitor Silva

    As guerras do EUA são apenas guerra do Petróleo. O resto é cosmética. Mas América não está sozinha. O Reino Unido tem pouco escrúpulos quanto o seu aliado. E a França que tão amiga dos árabes parece ser, apenas o faz por estratégia, porque na guerra do líbano sempre apoiante da facção…cristã.
    Quanto a Guerra por civilizações, tens várias: Chechénia, Jugoslávia, Nagorno Karabakh, Chipre, Israel
    Até a estória das caricaturas não foi outra coisa que não seja uma guerra de civilizações.

  4. Avatar de alex

    Os ingleses são o cão de fila dos EUA e praticamente só ladram. Felizmente, que os europeus não embarcam em bloco nas aventuras norte-americanas.

    Os outros conflitos são localizados. Quando falo de conflitos entre civilizações estou-me a referir à situação em que todo um bloco se levanta contra o outro bloco e vice-versa. Se isso acontecer, pode ser muito perigoso para a estabilidade no Mundo. Se os muçulmanos atacarem o mundo ocidental e nós respondermos da mesma forma, não vai haver paz durante muito tempo. E isso não é bom para ninguém.

    As caricaturas até podiam ter produzido um conflito entre os blocos cristão e muçulmano. No entanto, foram vários os países europeus que acusaram o designer dinamarquês de ingénuo, afastaram-se da posição dele e desdramatizaram a coisa.

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