Ou melhor, mitos sobre o que se passa no Irão.
Os americanos não páram de atirar areia para os olhos da comunidade internacional sobre aquilo que se passa no Irão. Continuam a dizer que a revolução nas ruas de Teerão é fomentada pelo Twitter e outras redes sociais. O objectivo será promover o Twitter?
Mito: Qualquer pessoa informada sabe que, se as autoridades iranianas quisessem, ninguém no Irão lia o Twitter; basta uma linha de código na firewall do(s) fornecedor(es) de serviços de Internet para que ninguém leia o Twitter, ou outra merda do género, no Irão. E depois é apenas necessário ter um raciocínio lógico mínimo para compreender o mito: “Se o Irão é uma ditadura e fecha o Twitter, então os conteúdos que lá aparecem não são colocados por iranianos; se não fecha, será uma ditadura?”… eventualmente esses conteúdos, fotos e vídeos incluídos, serão colocados por iranianos na diáspora.
Um jornal norte-americano, A Besta Diária (ou o bastião da revolução iraniana na diáspora), entrevistou a antiga Maria Antonieta do Irão e fá-la aparecer hoje como a imaculada defensora da liberdade naquela região.
Mito: A dita rainha no exílio, Farah Pahlavi, governava com uma ditadura, os iranianos não votavam; agora votam. E é esta rainha que os americanos querem voltar a colocar no poder? Ou um Obama com orelhas mais curtas? Mas acima de tudo, alguém que durante os próximos 25 anos (tempo de vida das reservas petrolíferas iranianas) prepare o Irão para novas eleições realmente democráticas?
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