Desde o início da crise que toda a gente fala contra os off-shores. Existe a mais absoluta unanimidade quanto à necessidade de acabar com os off-shores. Existe unanimidade na UE. Existe unanimidade nos EUA. Nem uma única voz contrária se ouve nos media.
O obama fez dos off-shores um elemento central da campanha. Gozava até com a ridicularia de num único edifício estarem sedeadas mais de 3000 empresas. Sinal óbvio de vigarice, segundo ele. Antes das eleições era assim.
Toda a gente vociferou contra os off-shores. Ninguém defendeu os off-shores, coitadinhos. Afinal de conas, também não era preciso. Parece que eles continuam a saber defender-se muito bem.
Os off-shores resistem mesmo perante uma crise que ameaça o amanhã imediato da economia global. Não precisam de falar em público para se defender, money talks. Promete-se agora o fim dos off-shores lá para 2011. Ou seja, nunca. À escala temporal da presente crise, 2011 é “para lá do horizonte”. Sobre os off-shores estende-se agora um manto de silêncio.
P.S.: O resto é propaganda. De que existe uma intenção de acabar com os offshores. Histórias para crianças.
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